terça-feira, 16 de outubro de 2018

Doenças negligenciadas no Brasil: urbanização desenfreada e cenário atual


Fonte: http://www.usp.br/aun/antigo/exibir?id=7725&ed=1347&f=30

Olá, pessoal! Esse é o primeiro texto do nosso blog e é uma introdução ao tema e seu processo no país. Vamos entendê-lo, então!
No final da década de 1940 a industrialização gerou um processo migratório de pessoas, principalmente, para a região sudeste do Brasil. A instalação dessas pessoas reflete um cenário de segregação. Classes mais pobres se instalaram em condições improvisadas e sem investimentos do governo.
O processo de urbanização desordenada pode causar efeitos danosos ao meio ambiente. A ocupação de áreas antes não degradadas, sem o devido planejamento, pode gerar impactos negativos à localidade. Os impactos relacionados incluem enchentes, ilhas de calor, absorção de poluentes e doenças.

Fonte: https://www.ddribeira.com.br/causas-da-falta-de-agua/esgoto-a-ceu-aberto-falta-de-infraestrutura-por-parte-do-governo/

No Brasil, aproximadamente 20% da população não usufrui de abastecimento de água potável e 55%, de saneamento básico (IBGE, 2010). Além desses problemas há uma enorme negligência dobre o descarte do lixo que quando não ocorre em lixões a céu aberto, ocorre em aterros sanitários que, muitas vezes contaminam lençóis freáticos. Nesse cenário, pessoas são expostas às chamadas doenças negligenciadas, que são doenças infecciosas e parasitárias que atingem populações de baixa renda (Araújo et al., 2013).
Dentre as principais doenças negligenciadas estão a Doença de Chagas, Leishmanioses, Malária, Tuberculose, Hanseníase, Ancilostomíase, Dengue e Esquistossomose. Como o próprio nome diz, o termo negligenciar é um indicativo direto da ausência de investimentos não somente na saúde, mas em todos os fatores que a norteiam, como melhorias na qualidade de vida. Um problema que se agrava ainda mais pelo fato de a capacidade financeira não ser mais suficiente para reparar todo o problema.
Nossas próximas postagens serão sobre as doenças em si, seus vetores, suas consequências e soluções possíveis.



Para saber mais...
Araújo, I. S. D., Moreira, A. D. L., & Aguiar, R. (2013). Doenças negligenciadas, comunicação negligenciada. Apontamentos para uma pauta política e de pesquisa.
Caiado, M. C. S. (2016). O padrão de urbanização brasileiro e a segregação espacial da população na Região de Campinas: o papel dos instrumentos de gestão urbana. Anais, 457-488.
FUNASA. (2015). Manual de Saneamento / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – 4. ed. – Brasília. 642 p.
Gouveia, N. (1999). Saúde e meio ambiente nas cidades: os desafios da saúde ambiental. Saúde e sociedade, 8, 49-61.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008. (2010). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb2008/PNSB_2008.pdf>. Acesso em: 16/09/2018.
Silva, L. J. D. (1985). Crescimento urbano e doença: a esquistossomose no município de São Paulo (Brasil). Revista de Saúde pública, 19, 1-7.
Souza, L. A., Sobreira, F. G., & do Prado Filho, J. F. (2005). Cartografia e diagnóstico geoambiental aplicados ao ordenamento territorial do município de Mariana–MG. Revista Brasileira de Cartografia, 3(57).

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