Olá, pessoal! Esse é o primeiro texto do nosso
blog e é uma introdução ao tema e seu processo no país. Vamos entendê-lo,
então!
No final da década de 1940 a industrialização
gerou um processo migratório de pessoas, principalmente, para a região sudeste
do Brasil. A instalação dessas pessoas reflete um cenário de segregação. Classes
mais pobres se instalaram em condições improvisadas e sem investimentos do
governo.
O processo de urbanização desordenada pode
causar efeitos danosos ao meio ambiente. A ocupação de áreas antes não
degradadas, sem o devido planejamento, pode gerar impactos negativos à
localidade. Os impactos relacionados incluem enchentes, ilhas de calor,
absorção de poluentes e doenças.
Fonte: https://www.ddribeira.com.br/causas-da-falta-de-agua/esgoto-a-ceu-aberto-falta-de-infraestrutura-por-parte-do-governo/
No Brasil, aproximadamente 20% da população
não usufrui de abastecimento de água potável e 55%, de saneamento básico (IBGE, 2010). Além
desses problemas há uma enorme negligência dobre o descarte do lixo que quando
não ocorre em lixões a céu aberto, ocorre em aterros sanitários que, muitas
vezes contaminam lençóis freáticos. Nesse cenário, pessoas são expostas às
chamadas doenças negligenciadas, que são doenças infecciosas e parasitárias que
atingem populações de baixa renda (Araújo et al., 2013).
Dentre as principais doenças negligenciadas
estão a Doença de Chagas, Leishmanioses, Malária, Tuberculose, Hanseníase, Ancilostomíase, Dengue e Esquistossomose. Como o próprio nome diz, o termo negligenciar é um
indicativo direto da ausência de investimentos não somente na saúde, mas em
todos os fatores que a norteiam, como melhorias na qualidade de vida. Um
problema que se agrava ainda mais pelo fato de a capacidade financeira não ser
mais suficiente para reparar todo o problema.
Nossas próximas postagens serão sobre as
doenças em si, seus vetores, suas consequências e soluções possíveis.
Para saber mais...
Araújo, I. S. D., Moreira, A.
D. L., & Aguiar, R. (2013). Doenças negligenciadas, comunicação negligenciada.
Apontamentos para uma pauta política e de pesquisa.
Caiado, M. C. S. (2016). O
padrão de urbanização brasileiro e a segregação espacial da população na Região
de Campinas: o papel dos instrumentos de gestão urbana. Anais, 457-488.
FUNASA. (2015). Manual de
Saneamento / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – 4. ed. –
Brasília. 642 p.
Gouveia, N. (1999). Saúde e
meio ambiente nas cidades: os desafios da saúde ambiental. Saúde e sociedade,
8, 49-61.
IBGE. Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008. (2010).
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb2008/PNSB_2008.pdf>.
Acesso em: 16/09/2018.
Silva, L. J. D. (1985).
Crescimento urbano e doença: a esquistossomose no município de São Paulo
(Brasil). Revista de Saúde pública, 19, 1-7.
Souza, L. A., Sobreira, F. G.,
& do Prado Filho, J. F. (2005). Cartografia e diagnóstico geoambiental
aplicados ao ordenamento territorial do município de Mariana–MG. Revista
Brasileira de Cartografia, 3(57).
Nenhum comentário:
Postar um comentário